13/08/2014

"Humano, demasiado humano" (Friedrich Nietzsche)

O fato é que a vida acaba. O ciclo chega ao fim. Para uns mais cedo, para outros mais tarde. De maneira trágica ou apenas embarcando em um sonho sem fim.Todos morreremos, não deveríamos nos surpreender com isso (mas nos surpreendemos!).
Quando participou do Jornal Nacional ontem Eduardo Campos, nem no pior pesadelo, imaginaria o que o dia de hoje lhe reservaria. Tantos compromissos, tantas agendas, tantos assessores, nada impediu que a morte o levasse. E mesmo assim as pessoas se surpreendem: mas eu o vi ontem no telejornal, não pode ser - mas pode ser, sim.
A fragilidade da vida deve servir para que a valorizemos, pois não há como prever quando será a última vez que desligaremos o interruptor de luz, quem será a última pessoa que veremos, qual a última palavra ou canção que entrará em nossos ouvidos.
A brevidade da vida exige que percebamos essa nossa condição passageira e procuremos dar o melhor hoje; que possamos fazer felizes as pessoas que amamos hoje; que procuremos respeitar, cuidar, zelar, proteger hoje. O amanhã... quem saberá?
A par de todas as possíveis diferenças ideológicas deveria haver mais respeito com a dor de todas as famílias que hoje choram por aqueles que foram sem poder dar adeus - evitando piadas grotescas ou teorias absurdas de conspiração.
Somos humanos, demasiado humanos - mas certos comentários e posicionamentos nos desviam dessa já tão simplória condição.

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